Mestres, Contramestres e Professores
Grupo Porto da Barra
Mestres
Mestre Cabeludo
Ainda como professor de capoeira, Cabeludo deixou a Associação de Capoeira Mestre Bimba no dia 17 de maio de 1994. Depois disto, fundou o Grupo de Capoeira Regional Porto da Barra, com o objetivo de preservar e propagar os fundamentos e tradições da capoeira regional criada pelo Mestre Bimba.
O Mestre Cabeludo demonstra sempre preocupação com questões sociais e ambientais. Ele busca fomentar o respeito à natureza, à diferença e à igualdade, promovendo com freqüência ações de sensibilização ambiental e campanhas para ajudar as camadas menos favorecidas da sociedade. Com este intuito, o Mestre criou o Projeto Social Crianças Cabeludas.
Hoje o Mestre Cabeludo é reconhecido e respeitado como mestre de capoeira em todo o mundo. É o fundador e presidente do Grupo de Capoeira Porto da Barra, cuja sede é uma tradicional academia localizada no bairro onde passou sua infância, o bairro dos Barris. Apesar de jovem, o Mestre Cabeludo é considerado na atualidade um dos maiores defensores da capoeira regional tradicional. Seus ensinamentos são baseados nos de seu Mestre Vermelho 27, seguindo os princípios e a metodologia difundidos e criados pelo grande Mestre Bimba, de quem Mestre Vermelho 27 foi discípulo.
Hoje o Mestre Cabeludo é reconhecido e respeitado como mestre de capoeira em todo o mundo. É o fundador e presidente do Grupo de Capoeira Porto da Barra, cuja sede é uma tradicional academia localizada no bairro onde passou sua infância, o bairro dos Barris. Apesar de jovem, o Mestre Cabeludo é considerado na atualidade um dos maiores defensores da capoeira regional tradicional. Seus ensinamentos são baseados nos de seu Mestre Vermelho 27, seguindo os princípios e a metodologia difundidos e criados pelo grande Mestre Bimba, de quem Mestre Vermelho 27 foi discípulo.
Cabeludo vem se desenvolvendo continuamente como mestre de capoeira. Ele vem aprimorando constantemente sua arte e também suas técnicas de ensino e habilidades gestoras, necessárias para guiar o grupo Porto da Barra. O Mestre conta hoje com o apoio de seus discípulos, alunos graduados e professores, além dos mestres que já formou, dentre os quais estão: Mestre Reinaldo, Mestre Cia, Mestre Caramuru, Mestre Xaréu, Mestre Minhoca e Mestre Cachaça.
Hoje, no auge da sua carreira Cabeludo é um jovem mestre de capoeira bem sucedido na sua missão de disseminar a tradicional capoeira regional pelo mundo. Anualmente o mestre, juntamente com seus graduados, realiza diversas viagens internacionais com o intuito de levar a outros países seus ensinamentos, participando de eventos de capoeira, rodas abertas e através de cursos e oficinas educativas. Para o Mestre Cabeludo, a capoeira é sua paixão, sua vida e sua forma de sustento. Nela o Mestre Cabeludo encontrou amigos e um objetivo de vida: perpetuar a capoeira regional, cultura brasileira.
Mestre Caramuru
Renivaldo Rodrigues
de Jesus nasceu na Bahia, na cidade de Gandu e cresceu na cidade de Itajuípe. Caramuru,
como ficaria conhecido posteriormente, deu seus primeiros passos na capoeira em
1986 na cidade onde morava Itajuípe - Bahia.
Em 1988 juntamente
com seus pais, mudou-se para a cidade de Itacaré, onde passou a treinar na
beira da praia, buscando aprender movimentos de capoeira que via outras pessoas
fazerem. Em 1989 seus pais se mudaram de Itacaré para uma fazenda, Pedra Preta, no
município de Aurelino Leal. Em 1990 o dono desta fazenda que residia em Salvador,
o convidou para trabalhar como caseiro na capital baiana. Renivaldo aceitou. Já
em Salvador, seu patrão lhe deu a oportunidade de fazer um curso de
datilografia ou de capoeira, ele não teve dúvidas quanto à opção pela luta
brasileira. Chegou a assistir uma aula de capoeira em uma academia localizada no
bairro dos Barris. No entanto, quando já ia se inscrever nesta academia, um
amigo que treinava com o então professor Cabeludo, o convidou para conhecê-lo e
seu grupo de capoeira. O primeiro encontro ocorreu na praia do Porto da Barra
onde Cabeludo dava aula. Ao olhar para Renivaldo, de imediato Cabeludo disse
que ele se parecia com um “caramuru” e este seria seu apelido na capoeira. Caramuru
começou a treinar com Cabeludo, ainda quando este integrava a Associação de
Capoeira Mestre Bimba, mas parou um mês depois por motivos econômicos. Um dia,
por acaso, encontrou com professor Cabeludo que passava e o viu treinando
sozinho em uma praça. Cabeludo perguntou o motivo de ele ter parado de treinar.
Ao saber que a razão para o afastamento era falta de dinheiro, Cabeludo
assegurou que Caramuru voltasse a treinar, pois um ótimo aluno como ele teria
capoeira de graça. No dia seguinte, Caramuru estava presente no treino e desde
então nunca parou a capoeira. Caramuru se orgulha de ter participado da
construção da academia sede do Grupo de Capoeira Porto da Barra, no bairro dos
Barris em Salvador.
A partir de 1993, sem
compromisso toda vez que ia passar férias em sua cidade natal, Caramuru
ensinava capoeira para seus irmãos e outros meninos locais. Em 1996 Caramuru oficializou
o início dos treinos de capoeira em sua cidade.
Em 2004 foi convidado
para dar continuidade ao trabalho de capoeira do Grupo Porto da Barra
desenvolvido pelo então Formado Castelo, na cidade de Porto, em Portugal. Desde
então, Caramuru vive nesta cidade europeia desenvolvendo com maestria a arte da
capoeira, difundindo a cultura brasileira em Portugal.
Em 2008 foi graduado
mestre de capoeira por seu mestre, Cabeludo, na cidade de Cádiz, Espanha.
Já com mais de 10
anos de trabalho em prol da capoeira em Portugal, hoje Mestre Caramuru dá aula
em 4 espaços neste país, além de supervisionar o trabalho realizado por seu
discípulo, Monitor Pica Pau, na cidade de Amarante (Portugal) e também espaços
tradicionais da Bahia, no Brasil, como Aurelino Leal, de seu discípulo Professor
Preguiçoso e Ubaitaba, de seu discípulo Formado Gongo.
Mestre Caramuru orgulha-se
de ser um dos mais antigos discípulos do Mestre Cabeludo e integrante do Grupo
Porto da Barra. Atualmente é um grande capoeirista, promotor da cultura
brasileira no mundo através da capoeira. Contribui ativamente para
perpetuar a tradição da capoeira regional.
Mestre CIA
João Paulo Pinho
Freire de Carvalho nasceu na cidade de Salvador – Bahia, no ano de 1973. Quando
era rapaz, com a idade entre 14 e 15 anos, iniciou a prática de capoeira com o
Grupo Kilombolas, onde treinou por apenas 6 meses.
Aos 16 anos, por
influencia do irmão, Antonio Sergio, conhecido como Cabeludo, voltou aos
treinos de capoeira. Desta vez foi treinar onde o irmão já fazia capoeira há 1
ano, a Associação de Capoeira M. Bimba, com o Mestre Bamba, no Pelourinho. João Paulo, já conhecido na capoeira como Cia,
treinou diariamente na Associação, por 1 ano e meio. No entanto, acabou diminuindo
a intensidade dos treinos para se dedicar a outra atividade, o Triatlon. Cia
sempre se dedicou a diversos esportes, dentre eles: natação, triatlon, corrida
de rua, judô e kick-boxing.
Aos 18
anos, Cia entrou no serviço militar onde esteve por 11 meses. Lá praticava
capoeira regulamente com seus colegas. Ao sair do serviço militar, aos 19 anos,
voltou a treinar capoeira, desta vez com seu irmão, Cabeludo, que havia
começado a dar aulas no colégio Núcleo, em Nazaré. Cia treinou com seu irmão por 2 anos, porém diminuiu
o ritmo e teve que passar a treinar sozinho ao iniciar um curso superior de
Administração de Empresas, no município de Feira de Santana.
Aos 22 anos se mudou
para a Bolívia, onde passou a estudar medicina. Aí começou também a treinar outras
lutas como kick-boxing e judô pela universidade. Mesmo sem grandes pretensões,
ainda como aluno avançado, Cia passou a dar aulas de capoeira neste país, o que
o ajudou a fazer amigos e sentir-se bem consigo mesmo.
Aos 23 anos Cia se
mudou para Sevilha, na Espanha, onde continuou a dar aulas de capoeira. Nesta
época, ano de 1996, a capoeira ainda era pouco conhecida na Espanha e Cia foi o
segundo capoeirista a iniciar um trabalho de capoeira na região espanhola de Andaluzia.
Teve que começar a dar aulas gratuitamente no parque público de Sevilha, Maria
Luiza. Cia fazia faculdade durante o dia e só podia passar os ensinamentos de
capoeira à noite. Um mês e meio depois, quando já tinha 15 alunos, um número
significativo, ele pode enfim dar aula em uma academia à noite, horário
considerado nobre, para ser dedicado a uma atividade até então desconhecida. Além
de firmar seu trabalho em Sevilha, juntamente
com outros capoeiristas do Porto da Barra, Cia abriu também uma filial na
cidade de Córdoba.
2 anos depois, Cia se
mudou para a cidade espanhola Cádiz, deixando seu espaço de capoeira em Sevilha
para que outro capoeirista do Porto da Barra desse continuidade aos treinos. Em
Cádiz, seu trabalho também floresceu e ele conquistou mais um espaço para dar
aulas. Como também se dedicava intensamente à faculdade, Cia passou seu
primeiro espaço em Cádiz para que outro integrante do Porto da Barra e ficou
dando aula em apenas um espaço.
Aos 30 anos Cia se
formou em medicina. Ele continuou a dar aulas de capoeira até os 31 anos quando
então foi viver em Portugal. Exercendo a profissão de médico neste país, Cia
passou a dar plantões noturnos, o que o impediu de continuar a dar aulas de
capoeira. A partir de então, passou a treinar a capoeira sozinho.
Em 2008 foi formado
mestre de capoeira pelo Mestre Cabeludo em Cádiz – Espanha. Ao longo de sua
vida Mestre Cia realizou diversos eventos de capoeira na Bolívia e em cidades
espanholas como Sevilha, Córdoba e Cádiz, tendo participado de inúmeros
outros, inclusive em seu país natal, o Brasil. Hoje joga em rodas de capoeira
sempre que pode, participa de eventos e divulga amplamente esta arte-luta
brasileira por onde vai.
Mestre Cachaça
João Carlos da Hora
iniciou na Capoeira no projeto da Escola Municipal Carneiro Ribeiro na Ilha de
Itaparica, Bahia, aos 11 anos de idade. Aos 13 mudou-se para Salvador e trouxe
consigo seu berimbau o qual tocava na sua varanda, às tardes, depois da escola.
Isso chamou a atenção de um vizinho que logo se tornaria seu amigo, Minhoca,
que o levou para conhecer o Professor Cabeludo que dava aulas de capoeira no
Condômino Itaigara Parque. Ao conhecer aquele que se tornaria o seu mestre,
João Carlos passou a praticar a Capoeira Regional e recebeu o apelido “Cachaça”
porque costumava esquivar-se com movimentos que o faziam parecer embriagado.
Crescendo e amadurecendo
no Grupo de Capoeira Regional Porto da Barra, do qual participa desde a sua
fundação, Cachaça conheceu os mais diversos aspectos da cultura baiana que no
futuro serviriam no seu direcionamento profissional. Incentivado pelo seu
Mestre Cabeludo não somente a treinar Capoeira, mas também a tocar e fabricar
instrumentos, compor canções, pesquisar a historia da Capoeira e a conhecer a
fundo o folclore regional, Cachaça adquiriu uma rica bagagem cultural que levou
consigo alem das fronteiras brasileiras. Aos 19 anos embarcou para os Estados
Unidos iniciou sua carreira como acrobata, dançarino e percussionista passando
por varias companhias de espetáculo até chegar à Austrália e por lá estabelecer
morada por quase 10 anos. Junto as Companhias Melange Dance, Viva Brasil, Ritmo
Latino dentre outras, Cachaça se apresentou em palcos importantes pelo mundo tendo
em destaque o Teatro Municipal de Valencia na Espanha, o Casino Conrad Jupiters
em Gold Coast e o Opera House em Sydney ambos na Austrália.
Por onde passou
ensinou Capoeira e ajudou a expandir o Grupo de Capoeira Regional Porto da
Barra. Participou em diversos batizados e workshops de grandes grupos mundo afora
e conviveu com mestres e artistas internacionalmente reconhecidos. Figurou em
vídeoclipes, filmes, campanhas comerciais, shows como Charlie Brown Junior,
Natiruts e o DJ Armin Van Buuren e mega
eventos como a Formula Indy e os jogos Olímpicos de Sydney no ano 2000. Seus
trabalhos artísticos também incluem gravações de suas composições em CDs de
musicas de Capoeira.
Aos 28 anos Cachaça retornou ao Brasil e
ingressou na Faculdade Social onde se formou Professor de Educação Física. Aos
36 anos, em 2016, foi reconhecido Mestre de Capoeira Regional pelo seu Mestre
Cabeludo a quem sempre se manteve leal e verdadeiro. Atualmente vive em
Salvador e leciona Educação Física em uma escola particular onde auxiliou a
introdução da Capoeira no currículo escolar e também integra o grupo de
trabalho da Comissão de Salva-guarda da Capoeira do IPHAN. As terças e quintas-feiras,
o Mestre Cachaça ensina Capoeira no Restaurante Santa Maria, Pinta e Nina no
Rio Vermelho - Salvador.
Mestra Trança
Nascida
e criada em Salvador, capital da Bahia - Brasil, Vanessa Rebouças D’Oliveira
sempre gostou de praticar esportes enquanto criança e adolescente, tendo
praticado, dentre eles, patinação e dança. No início de 1996, iniciou a prática
da capoeira no Grupo de Capoeira Regional Porto da Barra, com o Mestre
Cabeludo, de quem é discípula desde então. De início, recebeu de seu mestre o
apelido de capoeira “Trança” por ter na época os cabelos cacheados trançados. Discípula
assídua, Trança começou cedo a adquirir experiência no ensino da capoeira dando
aulas como substituta de seu mestre, em Salvador, tanto no bairro onde iniciou
a capoeira, o Itaigara, quanto na Matriz do grupo, nos Barris.
Em
2001, ela concluiu o ensino superior, formando-se em Turismo, área com a qual
já trabalhava. Já no início de 2002 cursou um Mestrado em Desenvolvimento
Sustentável, na Austrália, onde também trabalhou com turismo, além de treinar e
ensinar capoeira, nos espaços de seu colega e amigo, o atual Mestre Cachaça. Terminado
o curso acadêmico na área ambiental, em 2003, Trança foi residir em Barcelona,
na Espanha. Aí também ensinou capoeira em uma cidade vizinha, Terrassa.
Em
2004 voltou ao Brasil e à Bahia (Salvador), onde continuou a treinar duro e
ensinar capoeira na Matriz, como substituta do Mestre Cabeludo. Trança também conquistou
seus próprios espaços de capoeira, no bairro do Rio Vermelho, onde deu aulas em
2 academias e 2 condomínios. Em 2005, se formou na capoeira regional. Em 2008, foi
graduada Professora de Capoeira. Em 2009 concluiu outra pós-graduação acadêmica:
Especialização em Educação Ambiental para Sustentabilidade.
Ao
longo da vida, Vanessa Rebouças realizou diversos trabalhos nas áreas de
turismo, educação e meio ambiente, junto à ONGs, à iniciativa privada e ao
setor público. Na atualidade é empresária da área de turismo em Igatu, na
Chapada Diamantina - Bahia, onde foi residir no final de 2009.
Em
março de 2010, iniciou um projeto social voluntário de capoeira para crianças,
jovens e adultos da comunidade da Igatu, ensinando fundamentos e técnicas da
tradicional capoeira regional. Nesta vila do município de Andaraí, além da
capoeira, Trança pratica outros esportes, em especial o trekking (trilhas na
natureza) e a escalada em rocha.
Apesar
da intensa vida acadêmica e profissional, a capoeira sempre foi uma prioridade na
vida de Trança que nunca deixou de praticá-la. Participou e participa de
diversos eventos de capoeira, dentre eles destaca as “50 Horas de Roda”,
recorde mundial promovido pelo Grupo de Capoeira Porto da Barra em 2006, na
Universidade Católica do Salvador (UCSAL). Promoveu, juntamente com o Grupo
Porto da Barra, diversas palestras de sensibilização ambiental; um curso de
capoeira para alunos da Universidade de Berkley – EUA (2005); e gravações do
para programas internacionais do Travel Channel (2011) e do Discovery Channel
(2012).
Em
2018, Trança recebeu do Mestre Cabeludo, em Salvador, a graduação de Mestra.
Com isto, tornou-se a primeira mulher a alcançar esta graduação dentro do Grupo
de Capoeira Porto da Barra.
Há
10 anos ensinando capoeira em Igatu, Mestra Trança realizou 6 Batizados e Troca
de Graduações na Chapada Diamantina, além dos eventos que realizou em parceria
com seu Mestre Cabeludo em Salvador.
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